“Preciso dizer uma coisa sobre o medo. Ele é o único adversário efetivo da vida”. Jamais foram ditas palavras tão verdadeiras...
Por muito tempo eu não sabia o que queria, até que um dia eu percebi que o medo me impedia de descobrir...
O medo de dar o primeiro passo, de começar algo novo, fracassar ou conseguir vencer. Nada disso era possível pra mim, o medo era sempre presente me deixando à deriva, sem conseguir me mover.
Medo de ser feliz, medo de ser triste... A frustração se tornou rotina e costume.
Tudo que eu começo a fazer, não termino... O medo não deixa: e se eu não conseguir? Ou pior: e se eu conseguir?
Ser feliz ou ser triste? A resposta é: nem um, nem outro. Vou permanecer onde eu estou, no lugar que já conheço e que não me causa desconforto.
Ainda não havia reconhecido esse medo, pra mim o problema era a minha incapacidade. Até que a minha terapeuta disse que eu me esquivo de sentimentos ruins, que causariam desconforto, até mesmo dos sentimentos bons que teriam o mesmo efeito.
Hoje estou aqui, depois de um evento de poesia e de uma conversa bem fértil com um colega, escrevendo o meu primeiro texto, uma forma de desabafo. O medo ainda está aqui esperando eu vacilar pra ele me puxar pra trás novamente, não sei dizer se ele conseguirá ou não... Única coisa que eu sei é que eu vou tentar, a cada amanhecer eu vou tentar viver.